Nesta quarta-feira (30) os estudantes dos 1ºs aos 3ºs anos do Ensino Médio do Colégio Madre Bárbara – Rede ICM participaram do encontro com o coordenador de projetos da organização médico humanitária internacional Médicos Sem Fronteiras (MSF) Samuel Johann que falou sobre a atuação humanitária em outros contextos do mundo a partir do tema “Propósito de Vida”. Samuel é de Lajeado e conversou com os alunos sobre a atuação humanitária em outros contextos do mundo para que conheçam o trabalho que a organização faz. A atividade foi coordenada pelo professor David Orling.
Johann menciona a importância de discutir não só a profissão em si, mas também questões mais profundas, como a ressignificação da vida e a luta contra diferentes formas de violência. “É um assunto muito relevante, especialmente para jovens que estão começando a pensar sobre suas carreiras e o que querem fazer no futuro”. Samuel também conversou sobre propósito, coisas que o movem, que significado atribui a sua vida, porque passou por muitos processos de ressignificação até encontrar o que realmente queria e tem coisas que perpassavam na idade deles. “Tem angústias que eu sei que eles sentem e relatam também, então eu gosto de me colocar como alguém que está aqui pra escutar, compartilhar um pouco a minha vivência, não para ensinar, mas que possa trocar e talvez ajudá-los na sua própria busca. Meu propósito hoje é a diminuição da violência, mas não só a diminuição da violência física, como questões de armamento ou a violência que você enxerga, mas a violência psicológica, uma melhora nas relações do nosso dia a dia, inclusive a nossa relação dentro da sala de aula ou em casa, então a violência de forma ampla”.
Quando está no Brasil, Samuel está em Lajeado onde nasceu, sua família reside e tem vínculos. E quando está em missões, pode estar em todos os lugares. A última missão foi na Faixa de Gasa. Samuel é coordenador de projetos e atua na organização Médicos Sem Fronteiras, em locais de conflitos armados, epidemias, catástrofes socioambientais, desnutrição e onde há dificuldades crônicas de acesso à saúde. Como coordenador, ele tem o papel de colocar em prática estratégias, analisar necessidades, coordenar equipes médicas, logísticas, administrativas, além da representação externa da organização. Nos últimos sete anos, passou boa parte do tempo viajando para países da África e Ásia, buscando ajudar da maneira que fosse possível.
